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sábado, 19 de maio de 2018

Fralda inteligente avisa: download concluído e é número 2

Qualquer tomada de decisão (qualquer mesmo), tem o seu ecossistema big data completinho

A Verily Life Sciences, empresa do grupo Alphabet (Google), registrou a patente de uma fralda com sensores que identificam não apenas quando a fralda precisa ser trocada, mas também informa se o bebê fez xixi ou cocô. O "tomador de decisão" recebe uma notificação no app do celular. Algo como: "Dowload concluído: é número 2"

Não preciso dizer que o dispositivo também registra dia/hora dos “eventos”.

Por enquanto a smart diaper é apenas uma patente registrada de um produto que não sabemos se será lançado ou adotado. O que importa é perceber que as inovações data driven têm um caminho de desenvolvimento: 
1. Escolher um problema qualquer (Qualquer mesmo!!! Por isso esse exemplo é tão perfeito!!!)
2. Identificar quem toma decisões sobre esse problema
3. Identificar que informações esse tomador de decisão precisa e quando
4. Dataficar o problema: escrever o problema em termos de dados
5. Definir a tecnologia que pode transformar as informações do mundo físico em dados digitais
6. Fazer um algoritmo que transforme esses dados na informação que o tomador de decisão precisa 
7. Definir como, onde e quando entregar as informações ao tomador de decisão
8. Guardar todos os dados e logo, logo começar a criar um monte de insights e serviços a partir deles

Chamamos esse processo de Gestão estratégica do Ecosssitema Big Data. Tudo isso foi transformado em uma metodologia conhecida como Big Data Estratégico1

O que foi descrito acima é um resumo genérico para quem está começando a gostar do assunto. Para o sucesso de um projeto em big data, muitas outras coisas precisam ser observadas. Por exemplo:

- Sobre o item 2: Nem sempre quem toma a decisão, age sobre o problema! Fique ligado! Às vezes você tem que projetar para duas entidades diferentes!

- Sobre o item 4: A ciência das redes oferece ferramentas incríveis para dataficar problemas complexos!

- Sobre o item 5: Nem sempre é preciso coletar novos dados. Um bom estrategista de dados sabe onde e como conseguir dados que já foram coletados para outros fins, mas interessam ao seu projeto

- Sobre o tem 7: A tomada de decisão pode ser automatizada, a partir de parâmetros pré-definidos. A ação sobre o problema também! Aí entram os robôs!

- Sobre o item 8: Como se chama o processo de pegar dados acumulados e saber para quê mais eles servem? Dataficação também! Dataficação tem dois sentidos: do problema para dados e dos dados para o problema! Em breve a Verily Life Sciences terá uma quantidade enorme de dados sobre onde, quando, e o quê os bebês fizeram nas fraldas e quanto tempo eles esperaram pela desejada troca. Pra quê servirá isso? Um especilista em dataficação no sentido dados-problema é um exímio modelador de novos negócios.

Agora é com você. Escolha um problema e projete o seu ecossistema big data!


1 Publicada na minha dissertação de mestrado (COSTA, Luciana.BIG DATA ESTRATÉGICO: UM FRAMEWORK PARA GESTÃO SISTÊMICA DO ECOSSISTEMA BIGDATA). A partir dessa pesquisa desenvolvi o WIDA (Web Intelligence & Digital Ambience), curso para tomadores de decisão data-driven. Atualmente o WIDA é uma pós graduação Lato Sensu em Big Data Estratégico sob a chancela da Coppe/UFRJ  Para saber mais sobre o curso WIDA, clique aqui.



quinta-feira, 14 de maio de 2015

Network Thinking, Ciência das Redes e Big Data

Network Thinking, Ciência das Redes e Big Data

Em 2014 o Centro de Referência em Inteligência Empresarial (CRIE) da Coppe/UFRJ, lançou um curso para colocar Big Data na agenda estratégica dos gestores brasileiros. O curso é denominado WIDA (Web Intelligence & Digital Analytics), tem uma peculiaridade digna de destaque: a determinação em fazer com que os alunos desenvolvam o network thinking, ou seja, a percepção de que os problemas que eles desejam resolver com os dados digitais são resultantes da interação de agentes de um sistema complexo. O curso apresenta a Ciência das Redes como mind set essencial para a gestão do ambiente digital. De fato, pensar em termos de rede é competência fundamental para quem deseja gerar valor a partir de dados digitais.

Você sabe o que Ciência das Redes tem a ver com Big Data?

A Ciência das Redes, como chamamos aqui no Brasil, é o campo que busca conhecer as leis que governam os sistemas complexos. Cientistas acreditam que modelar matematicamente a complexidade é o único caminho para o desenvolvimento da tão sonhada Inteligência Artificial (AI).

Falando de modo simplificado, sistemas complexos são formados por um grande número de componentes relativamente simples (também chamados de nós) e funcionam sem um comando central porque esses nós têm comportamento autônomo e emergente. São sistemas complexos, entre outros, o cérebro, o código genético, uma colônia de formigas, a world Wide Web e a sociedade. 

Como a www é um sistema complexo totalmente digital, tem sido usado como campo empírico para a modelagem matemática desses sistemas. 

Segundo Barabasi, um dos cientistas mais atuantes e reconhecidos nesse campo, com dados suficientes um sistema complexo pode modelado matemáticamente e desse modo ser compreendido para ser antecipado e controlado. Médicos querem controlar a disseminação de um vírus, empresas querem antecipar o comportamento do consumidor, o mercado deseja controlar preços, os governos, evitar crises financeiras, as seguradoras, antecipar sinistros e controlar as fraudes e etc.

Pronto. Essa é a maneira mais objetiva de associar Ciência das Redes a Big Data. 

Para começar a desenvolver seu network thinking, comece lendo uma conversation Albert-László Barabasi no site edg.org. Intitulado Thinking in Network Terms (clique no título), o texto é a transcrição de uma conversa que o cientista teve em 2012 com John Brockman, editor do site, sobre a importância dos dados digitais para o estudo da complexidade. Além de ser uma simples e excelente introdução á Ciência das Redes, o texto é uma bela defesa da cultura open data, quase um manifesto pelo livre compartilhamento de dados em benefício da ciência.

Que saber mais? Pergunte!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O QUE É OPEN DATA?


O CRIE/COPPE/UFRJ
SERÁ O PRIMEIRO NÓ DA REDE MUNDIAL
DO OPEN DATA INSTITUTE NA AMÉRICA DO SUL

O QUE É OPEN DATA?

Em 2006, Clive Humby[1] afirmou que dados digitais são para o século XXI o que o petróleo foi para o século XX. O que ele quis dizer com a metáfora do novo petróleo é que, se no século XX a economia mundial não pôde prescindir do petróleo para crescer, no século XXI não poderemos ignorar os dados digitais.

Normalmente pensamos que dados digitais são importantes apenas para a indústria das tecnologias da informação. No entanto, os cientistas afirmam que esses dados são extremamente relevantes para a compreensão do comportamento humano. Historicamente as ciências sociais têm feito esse trabalho utilizando entrevistas, questionários e observação com base em pequenas amostras.

O que tem acontecido na última década é que, graças à digitalização das nossas atividades rotineiras e aos muitos dispositivos digitais que carregamos, estamos deixando tantos rastros do nosso comportamento que será possível compreender e prever com mais precisão o que os cientistas chamam de dinâmica humana. Isso significa conhecer melhor as pessoas, seus desejos e necessidades e como elas se organizam e interagem para alcançar seus objetivos. Assim poderemos, por exemplo, entender como se formam engarrafamentos, como as doenças se disseminam ou quais fatores são determinantes para o surgimento de uma crise financeira.

As possibilidades de conhecimento e inovação a partir de dados digitais são infinitas, exatamente porque infinita é a capacidade humana de aprender e criar.

Acontece que grande parte dados que nos permitem fazer tudo isso ainda estão em mãos privadas... 

Isso significa que somente quem controla esses dados pode usá-los em seus interesses próprios, deixando de lado as inúmeras possibilidades que poderiam surgir se outros olhares pudessem alcançá-los. Significa também que esses dados são mantidos em silos, o que impede que eles possam ser combinados com outros dados aumentando de maneira extraordinária a geração de conhecimento.

A cultura open data procura construir um consenso social em torno da ideia de que os dados precisam estar livres e disponíveis para que qualquer pessoa possa usá-los sem nenhuma restrição.

OPEN DATA INSTITUTE - ODI

Fundado por Sir Tim Berners-Lee (conhecido como “o criador da world wide web”) e pelo Professor Nigel Shadbolt, o ODI é uma organização independente, apartidária e sem fins lucrativos.

Sua missão é incentivar a cultura dos dados abertos: disponibilização e livre uso dos dados digitais e criação da infraestrutura para que isso aconteça.

RIO ODI NODE

O Open Data Institute tomou emprestado os princípios de design da própria web na criação da sua rede mundial de pessoas e organizações para disseminar a cultura dos dados abertos.

O Rio ODI Node é o primeiro nó regional do ODI na América Latina e desenvolverá projetos de capacitação, pesquisa e consultoria que criem valor econômico, social e ambiental a partir de dados abertos.

Todas as atividades serão coordenadas pelo CRIE (Centro de Referência em Inteligência Empresarial) e pelo Instituto Big Data Brasil, dois laboratórios de pesquisa do Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ.

Agora a missão do ODI é também missão do CRIE e do Instituto Big Data Brasil.

Se você quer saber mais, ou participar de qualquer atividade do Rio ODI Node, peça sua inscrição na lista do CRIE através do email:

info@crie.ufrj.br



INFORMAÇÕES SOBRE A CERIMÔNIA DE CRIAÇÃO DO RIO ODI NODE

TODOS ESTÃO CONVIDADOS!

Gavin Starks, principal executivo do ODI (Open Data Institute de Londres fundado por Tim Berners-Lee, um dos pioneiros da Internet) vem ao Brasil nesta sexta-feira, 24 de outubro, para a cerimônia de criação do Rio ODI Node.

Data: 24/10/2014 - sexta-feira
Local: Auditório da COPPE – sala G122 – Bloco G – Centro de Tecnologia – Cidade Universitária

ESTACIONAMENTO NO LOCAL: Diga que você vai ao evento Open Data no Auditório da Coppe

Programação:

09:00 às 09:30 – Café de boas vindas
09:30 às 11:00 – Palestra com Gavin Starks (CEO do ODI)
11:00 às 11:20 – Cerimônia de assinatura

Confirme sua presença pelo email:

info@crie.ufrj.br







[1] Britânico, especialista em comportamento do consumidor, fundador da Dunnhumby empresa de marketing inglesa