Em 2014 o Centro de Referência em Inteligência Empresarial (CRIE) da Coppe/UFRJ, lançou um curso para colocar Big Data na agenda estratégica dos gestores brasileiros. O curso é denominado WIDA (Web Intelligence & Digital Analytics), tem uma peculiaridade digna de destaque: a determinação em fazer com que os alunos desenvolvam o network thinking, ou seja, a percepção de que os problemas que eles desejam resolver com os dados digitais são resultantes da interação de agentes de um sistema complexo. O curso apresenta a Ciência das Redes como mind set essencial para a gestão do ambiente digital. De fato, pensar em termos de rede é competência fundamental para quem deseja gerar valor a partir de dados digitais.
Você sabe o que Ciência das Redes tem a ver com Big Data?
Falando de modo simplificado, sistemas complexos são formados por um grande número de componentes relativamente simples (também chamados de nós) e funcionam sem um comando central porque esses nós têm comportamento autônomo e emergente. São sistemas complexos, entre outros, o cérebro, o código genético, uma colônia de formigas, a world Wide Web e a sociedade.
Como a www é um sistema complexo totalmente digital, tem sido usado como campo empírico para a modelagem matemática desses sistemas.
Segundo Barabasi, um dos cientistas mais atuantes e reconhecidos nesse campo, com dados suficientes um sistema complexo pode modelado matemáticamente e desse modo ser compreendido para ser antecipado e controlado. Médicos querem controlar a disseminação de um vírus, empresas querem antecipar o comportamento do consumidor, o mercado deseja controlar preços, os governos, evitar crises financeiras, as seguradoras, antecipar sinistros e controlar as fraudes e etc.
Pronto. Essa é a maneira mais objetiva de associar Ciência das Redes a Big Data.
Para começar a desenvolver seu network thinking, comece lendo uma conversation Albert-László Barabasi no site edg.org. Intitulado Thinking in Network Terms (clique no título), o texto é a transcrição de uma conversa que o cientista teve em 2012 com John Brockman, editor do site, sobre a importância dos dados digitais para o estudo da complexidade. Além de ser uma simples e excelente introdução á Ciência das Redes, o texto é uma bela defesa da cultura open data, quase um manifesto pelo livre compartilhamento de dados em benefício da ciência.
Que saber mais? Pergunte!
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